Mini férias no Caribe Colombiano

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A Colômbia sempre esteve no meu radar de países para conhecer. Em 2007, um barranquillero morou em casa e ele me falava coisas lindas sobre sua terra natal. Todos os colombianos que conheci até hoje têm energia e astral ótimos e foi esta curta viagem ao paraíso que me fez voltar a postar um texto depois de tanto tempo.

Depois de um ano e meio fazendo malabarismo entre 3 empregos, decidi fazer esta viagem que foi tanto adiada. Hoje eu penso: Por que demorei tanto pra fazer isso?

O roteiro de apenas 8 dias limitou minhas escolhas de destino e decidi priorizar o que mais gosto e precisava naquele momento: sol e mar. Com essa expectativa, optei por passar 4 dias em Cartagena e 4 dias em San Andrés.

A primeira dica deste post será sobre passagem. A Copa Airlines oferece os preços mais baixos, mas é impossível evitar escalas em países como Panamá ou até mesmo em Bogotá. Minha passagem SP-CARTAGENA-SAN ANDRÉS-SP saiu por R$1438,00 com taxas. Isso porque fui em julho, temporada de férias. Além disso, diante de nossa economia instável, aconselho comprar dólar aos poucos, aproveitando os poucos e rápidos respiros prósperos da bolsa.

A seguir, vou contar um pouco do que fiz nas duas cidades e resumir algumas dicas bacanas para evitar ciladas.

 

CARTAGENA – história, cultura e umidade.

 

Cheguei em Cartagena por volta de 08:00 e a primeira impressão não me assustou. A cidade me lembrou muito Lima, mas pode ser um pouco chocante se você não está familiarizado com a realidade urbana na América Latina. O trânsito é caótico, os ônibus (busetas) e suas músicas altas com decorações chamativas, dão o tom bem caricato. Ao entrar na cidade amuralhada, um ambiente diferente prevalece. Menos barulho, mais cores e charme.

Grandes avenidas foram substituídas por ruas estreitas e de mão única. As cores frias da cidade se transformam em combinações vivas e floridas. E bastou abrir a posta do táxi para saber que o calor daquela cidade não é pra qualquer um.

É padrão na cidade que os hotéis só façam check-in às 15:00. Eu e Carlos então usamos o banheiro da recepção para trocar de roupa e já saímos andar pela cidade. Nossa primeira missão era encontrar uma casa de câmbio. Dica para novos viajantes: se for trocar dinheiro no aeroporto, venda o necessário para conseguir chegar em uma casa de câmbio longe dali. No aeroporto, 1 dólar valia 2.600 pesos, enquanto na cidade valia 2850.

Cartagena foi amor à primeira vista. O encanto das ruas, dos artesãos, da arquitetura e representação histórica não deixam dúvidas de que o lugar é muito especial. Nosso hotel tinha bicicletas para os hóspedes e fazer um passeio de bicicleta a noite pela cidade amuralhada é algo que precisa ser feito. Coisas que recomendo fazer em Cartagena:

  1. Tomar mojito no restaurante cubano em frente à pracinha
  2. Fazer walking tour que sai da torre do relógio às 14:30
  3. Curtir o pôr-do-sol tomando uma Club Colombia (dorada) no Café del Mar. Chegue cedo ou faça reservas.
  4. Comer no restaurante argentino Marsola
  5. Assistir os diversos shows de música e dança nas praças
  6. Assistir o show de jazz cubano no restaurante perto do Marsola
  7. Tomar o tradicional café colombiano em uma das lojas Juan Valdez
  8. Visitar o Castelo de San Felipe
  9. Comprar o bus tour e fazer o trajeto por toda a cidade
  10. Provar Arepas e frito de huevo da barraquinha ambulante
  11. Limonada de côco em todas as refeições
  12. Provar todos os doces de arequipe (doce de leite) que são vendidos perto da torre do relógio

 

Reservamos também um dia para visitar a ilha do Rosario. Compramos um pacote all-inclusive para ficar em um resort durante o dia. Infelizmente caímos em uma armadilha para turistas. Os passeios são 50% daquilo que é oferecido. Sem falar que é uma viagem de 3 horas (ida e volta).

Como íamos para San Andrés, decidimos não curtir mais praia em Cartagena e aproveitar ao máximo a cidade. Para isso, 4 dias são suficientes. Sei de várias pessoas que foram para a Ilha Barú, Praia Blanca e tal, mas de verdade, o forte de Cartagena não são as praias.

 

SAN ANDRÉS – AZUL A COR MAIS QUENTE

A minha maior preocupação em San Andrés era o tempo. A previsão era de chuva e tempestade todos os dias. Depois da viagem, concluí que não existe previsão certa para a ilha. O tempo muda muito e em questão de minutos. A sensação de estar suando (de pingar) ficou em Cartagena, mas o calor não. Mas de manhã você acorda e está ventando muito, o céu encoberto mas depois o sol abre e revela um paraíso que me faltam palavras para descrever.

No primeiro passeio fomos para o Aquário – uma ilhazinha não muito longe, cerca de 15  minutos de lancha. No caminho passamos pelas 7 cores do mar. É impressionante acompanhar a transição destas cores. De tão lindo você se pergunta como a natureza é capaz de ser tão perfeita.

Para curtir praia sem se preocupar com corais, é preciso comprar um sapatinho que tem sola dura. O mar é raso e a impressão é de estar em uma imensa piscina, mas há muitas coisas no fundo que podem cortar os pés. O sapatinho é barato, menos de R$15,00.

Dica valiosa: se você estiver viajando em grupo, negocie o aluguel de sua própria lancha. Para ter alguém à sua disposição você vai pagar mais, só que vale muito a pena. Passeio ao Aquário com um grupo de desconhecidos sai 25.000 pesos. Uma lancha que leva 4 pessoas sai 125.000. Você não pega fila, não tem que esperar atingir um número de pessoas e não fica preso a horários estipulados pelos guias.

O hotel em que fiquei merece recomendação (Hotel Casa Blanca). Tem a melhor localização do centro comercial e fica de frente para a praia. Com essas vantagens, ele não é o mais barato, mas se eu voltar a San Andrés, com certeza  é lá que vou me hospedar.

Tive a má sorte de estar em San Andrés em uma semana que ventava muito. Nessas condições, outra ilha muito famosa (Jhonny Cay) fica fechada. Decidimos então alugar uma mula, que parece um carrinho de golfe e dar a volta na ilha toda. Para mim, foi o melhor dia de todos.

Checklist para San Andrés:

  1. Passeio de mula pela ilha para visitar: Piscinita, West View, Playa San Luis, Rocky Cay
  2. Passar uma tarde toda comendo e bebendo no restaurante (pé na areia) Donde Francesca (não deixe de comer os patacones neste lugar)
  3. Comer hamburguer no El Corral
  4. Tomar sorvete de Arequipe
  5. Fazer compras nos diferentes free shops da cidade (mais baratos que Duty Free)
  6. Visitar Jhonny Cay (não pude ir, mas todos dizem ser precioso)

 

Nas duas cidades senti que tudo acontece durante o dia. Acordávamos cedo e consequentemente tínhamos sono muito cedo. Até fomos em uma balada em Cartagena, mas estava muito desanimada.

Minha única decepção depois de tantas experiências maravilhosas, foi com a gastronomia. Voltei de lá sem provar algo tipicamente colombiano e que pudésse dizer: “Que rico”. Comemos em restaurantes muito bons, mas que serviam comida internacional. Talvez Bogotá ou Medellín tenham melhores opções gastronômicas.

No geral, a Colômbia é um destino muito barato. As coisas em San Andrés são ainda mais baratas que Cartagena, exceto diárias de hotel. Eu diria que considerando comida, passeios e transporte, gasta-se até 100 dólares por dia em Cartar gena e 50-70 dólares em San Andrés. Isso com folga, sem passar vontade.

Os hotéis dentro da cidade amuralhada são mais caros, mas valem a pena. Se a viagem for planejada com antecedência, é possível conseguir bons descontos. Não aconselho os hotéis all-inclusive (rede Decameron) em San Andrés. A cidade tem muitas opções e esses pacotes te deixam, de certa forma, preso às refeições e horários do hotel.

Meu último conselho é sobre protetor solar. Nunca fiquei tão bronzeado como nestes 4 dias em San Andrés. É preciso tomar muito cuidado. Precauções a parte, viva todos os excessos e abundâncias positivos que a natureza e Deus reservaram para este pedaço de paraíso.

Para mais fotos, me sigam no Instagram (@caina_)

 

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A grande virada

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2014 foi intenso. Nenhum outro ano foi tão bipolar.

O campo profissional instável me fez repensar quem sou, o que quero e como vou atingir meus objetivos.  Um verdadeiro banho de água fria me mostrou que eu não sou corporativo como gostaria de ser, e por incrível que pareça, isso me fez um bem danado. Entendi que vocação é algo que pesa mais que chumbo e se você não segue a sua, pode carregar este peso nas costas.

Minha resolução de ano novo para 2014 foi me reconectar com pessoas queridas que passaram pela minha vida. O destino cooperou e reatei laços com 25 pessoas ao longo do ano. O reencontro pode durar alguns minutos, mas é importante que seja significativo, que você mesmo de longe se sinta próximo da pessoa outra vez. Nessa tentativa também me dei conta que algumas pessoas não querem ser encontradas, não fazem questão. Respeitei. O saldo foi bem positivo e até laços familiares foram trazidos à tona quando revi meu irmão depois de quase 20 anos separados.

Percebi que querer me reconectar com pessoas me deixou aberto a fazer novas conexões. Elas aconteciam da forma mais natural, em mesas de bar, no ônibus ou em um mochilão na Europa. Sensação de que a energia que você emana realmente volta pra você na mesma intensidade.

2014 foi um ano de reflexão, revisitar sentimentos e explorar o autoconhecimento. Foi um ano completo, de desafios e provações. 2015 tem tudo para ser mais um ano inesquecível e eu sinto que vem coisa boa por aí.

Eurotrip #3 – Praga

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A primeira impressão de Praga não podia ter sido melhor. Na rodoviária, fui até o balcão de informações e mostrei pra senhorinha o endereço do meu amigo Petr escrito num papel. Ela me disse pra esperar um pouquinho. Quando voltou, me trouxe um mapa de toda a cidade, um itinerário em Inglês do metrô que eu deveria pegar e em que estação descer e também um mapa do Google maps que mostrava o caminho da estação até onde eu tinha combinado de encontrar o Petr. Igualzinho tem no Terminal Tietê, né?!

Como o Petr estava no meio do trabalho, sai pra conhecer a cidade sozinho. Pra chegar no centro é só descer na estação Muzeum, de lá para as ruas principais é muito pertinho. Quando percebi que estava no centrão, coloquei o mapa na mochila e comecei a andar sem rumo como sempre faço. Não estava interessado em visitar pontos turísticos naquele momento, eu estava fascinado com aquele monte de informação, gente de todos os lados, barraquinhas de comida, bandas tocando em praças, etc. Coisas de verão na Europa.

Depois do trabalho, o Petr me levou para um bar, e foi aí que eu tive uma epifania. Quando vi o preço das bebidas, tive um momento I AM RICH, BITCHES!!! Foi tipo assim:

 

 

Depois ainda fomos numa karaokê night num bar gay, que por sinal entra na lista de festas “diferentes” logo depois da noite da espuma. É engraçado porque as pessoas levam muito a sério essa coisa de karaokê, tem gente que encara isso como o próprio show na balada.

No outro dia fiz uma walking tour pela manhã toda. Foram quase 4 horas de tour por todos os pontos turísticos próximos ao centro. No meio do caminho percebi que tinha esquecido minha garrafa de água em casa, tive que comprar outra que me custou 2 euros! Com 2 euros eu compro 3 pints de cerveja na balada! #chatiadissimo

Walking tours são sempre uma boa opção. Os guias sabem muito sobre a cidade e  pontos turísticos e podem te ajudar a descobrir lugares que também são frequentados mais por locais.

A educação na República Tcheca é muito boa. Essa semana mesmo vi um ranking e eles ficaram em quarto lugar acho, atrás somente de países como Finlândia e Dinamarca. Eles, assim como os húngaros, se orgulham dos prédios das universidades, bibliotecas e da coleção de prêmios Nobel.

A noite em Praga é agitada. Todos os dias tem algo pra fazer. Eu fui a uma balada numa terça-feira e estava lotada. Só que era noite de música Tcheca e ao invés de tocar bastante música deles, o que rolava muito eram músicas pop americana cantadas em Tcheco. Eu bebi a noite toda e gastei tipo 15 reais. Pagava shots de bebida pra quem eu nem conhecia e o dinheiro não acabava. Maravilhoso ser rico uma vez na vida.

No meu último dia em Praga pude rever uma grande amiga. A Tereza trabalhou comigo na Turquia em 2012 e ficamos muito próximos na época. Fizemos um picnic às margens do rio Vltava e conversamos sobre o que tinha acontecido em nossas vidas desde então. Não é bom quando a gente percebe que se a amizade é verdadeira a distância e o tempo não mudam o carinho?

Praga é encantadora. A vista de cima de uma torre que parece a torre Eiffel é de tirar o fôlego. São pontes, catedrais, o rio, os telhados das casas que fazem a cidade ter uma bela vista lá de cima.

Depois de mais uma noite de balada com muita cerveja e shots de absinto, só me lembro do Petr entrando no meu quarto e dizendo: “o que você está fazendo aqui?”. Culpa da bebida barata eu me atrasei e tinha 30 minutos pra chegar na rodoviária. Estava com tanto medo de perder o ônibus que acabei não validando o ticket do metrô, e quando fui descer na estação advinhem quem estava lá? Os controllers. O segurança pediu pra conferir meu ticket e viu que ele não tinha sido validado. Daí ele quis me cobrar uma multa de 45 euros por isso! Expliquei pra ele que estava atrasado e que não podia perder o ônibus, mas não teve conversa. Então tirei uma nota de 100 euros do bolso. Ele disse: “No czech Money? No change? OK go”.

E assim, indo mas quase ficando, consegui chegar a tempo e pegar o ônibus para a Alemanha.

Highlights para viajantes: Walking tour, todo o centro (descer na estação Muzeum), relógio astronômico, bairro Judeu, Ponte Charles, Muro do John Lennon, torre que parece a torre Eiffel, Palácio do Governo.

 

Reencontros: Petr Pasek, Terez Ritterova.

Próxima parada: Berlin!

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Eurotrip #2 – Budapeste

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Se eu tivesse que definir Budapeste em uma palavra ela seria surpreendente. Já tinha ouvido muita coisa boa a respeito, mas minha primeira cidade no leste europeu superou expectativas.

Depois de quase perder o vôo, e isso foi bastante recorrente durante toda viagem, cheguei em Budapeste por volta de 23:00. Como o transporte público já estava fechado, tive que pagar 14  fucking euros por um tipo de lotação táxi coletivo até a casa do Yan. Ele já mora lá há alguns meses e a gente havia conversado antes, mas foi só em Budapeste que nos conhecemos em pessoa. Apesar disso, Yan foi muito querido e me hospedou pelos dias que fiquei por lá. E eu não poderia ter pedido um host melhor.

Sábado de manhã acordamos cedo e o Yan me levou pra passear. Primeiro andamos de ferry boat pelo Danúbio. Todas as pontes, principais prédios e palácios são facilmente vistos do barco. É uma boa escolha pra atravessar a cidade observando as diferenças entre os lados –  Buda e Peste. Descemos no lado Buda e caminhamos até a Margarite Island que está para os húngaros assim como o Ibirapuera está para nós. A ilha fica no Danúbio, entre os dois lados da cidade e é um parque com fontes e show de água ao som de Guns n’ Roses,  pequenos restaurantes e pessoas se exercitando.

De lá, fomos para o lado Peste que é onde as coisas acontecem, mais moderno e turístico. O calor pedia uma cerveja gelada. Compramos duas Sopronis que é húngara e muito gostosa. As cervejas com sabor são bem populares lá, mas essa tem apenas 2% de álcool. Ficamos andando pelas ruas da cidade até que chegamos em uma praça com uma roda gigante e uma mini piscina.  Nota: a partir deste momento vou me referir a lugares da forma que conseguir, porque lembrar todos os nomes nas línguas do leste europeu é quase impossível.

Mais uma vez fiquei sentado só observando as pessoas. Europeu fazendo coisa de europeu. Tinha picnic, menores de idade ficando bêbado à 1 da tarde (quem nunca?) e um louco cantando e dançando para uma estátua da fonte, mas a maioria dos jovens estava bebendo na beirada da piscina com os pés na água. E eles ficam assim por horas, dia e noite também. O fundo da piscina era o teto de um restaurante, quando voltar pra Budapeste quero ir lá.

O lado Buda também tem seu valor. É lá que fica o Palácio ou Castelo de Buda, onde Katy Perry gravou o clip de Firework. Confesso que nem lembrava do clip direito, mas tive que assistir de novo e realmente é possível ver o castelo e também a ponte das correntes. O castelo é gigante! Tem muita coisa pra ver do lado de fora. A arquitetura de Budapeste tem características marcantes: os prédios geralmente de cor clara e o teto, cúpulas e torres de cores diversas como verde e vinho. É possível passar o dia inteiro visitando o castelo. Lá em cima também tem uma catedral bem famosa e várias ruazinhas charmosas com museus. Tem um que deve ser interessante, mas não fui, é um labirinto subterrâneo e tem a tumba do Drácula.

A visita ao Parlamento também é obrigatória. Mesmo se você é desses que sai e bebe a noite inteira e no outro dia perde a hora do tour. Não tava em condições de ficar 3 horas ouvindo um guia naquela manhã, mas ressuscitei a tempo de pegar a apresentação dos soldadinhos do lado de fora. Ainda rolou selfie com dois deles

Budapeste é muito famosa pelos seus banhos termais. Calma gays, não é sauna não. São verdadeiros termas com mais de 20 piscinas de água bem quente tanto indoor como outdoor. Ok, também tem sauna e algumas áreas só para homens.  Existem uns 7 termas, mas só dois são mais conhecidos: Széchenyi e Gellert. Eu fui no primeiro porque tinha mais piscina outdoor e tava calor à beça. Se fizer as contas acho que custou uns 45 reais, e você pode ficar lá ate as 22:00.

A vida noturna em Budapeste até mereceria um post, isso se este blog não prezasse pela moral e pelos bons costumes. Sério, no leste europeu mais de 80% da população é ateísta, o que dá uma liberdade incrível para as pessoas serem quem elas são sem medo de julgamento. Claro que existe preconceito, conservadorismo etc; mas minha impressão sobre o leste todo foi que as pessoas têm apenas um compromisso: fazerem o que tiverem vontade. Tampouco quero dizer que eles vivem em uma anarquia, muito pelo contrário, eles respeitam demais as leis. Mas as pessoas daquela região são diferentes – E LINDAS – e isso somado à cidade que é maravilhosa e cheia de coisa pra fazer no verão me fez deixar Budapeste com uma dorzinha no peito e muita vontade de voltar em breve.

Highlights para viajantes: Walking tours, Margarite Island, visita ao Parlamento, ponte das correntes, Castelo do Buda (Baby you are a fiiiiiiiiirework), banhos termais, praça da roda gigante, comer Langos (massa de bolinho de chuva coberta com queijo de ovelha e sour cream), tomar Palinka no Zsimpla Kert (um complexo com mais de vários ambientes, cada porta é um bar diferente).

 

 

 

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Reencontros em Budapeste: Yan Roger

Próxima parada: Praga!

Eurotrip #1 – Barcelona

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Depois de algum tempo escrevendo sobre coisas triviais da minha vida paulistana, eis que o blog ganha assunto para fazer jus ao seu nome outra vez. Logo após trabalhar na Copa do Mundo, decidi dar continuidade a filosofia do livro “Como encontrar o trabalho da sua vida” que menciono no post anterior, e me dar de presente um período sabático. Tá, ele sugere um longo período de desligamento com o mundo e conexão consigo mesmo para elevar o nível de autoconhecimento e reflexão sobre o que você deseja fazer com a sua vida. Eu tive que fazer isso – e muito mais – nos quase 20 dias que fiquei fora. Além disso, uma das minhas resoluções para 2014 é me reconectar com o maior número de amigos que estão longe. Uma viagem ao antigo continente seria a oportunidade perfeita para vários reencontros. Então, aqui está o primeiro capítulo da minha Eurotrip: Barcelona!

“Por aqui, si us plau” – Foi a primeira coisa que ouvi na Espanha. Era a moça do aeroporto me orientando pra fila da alfândega e dizendo ‘Por aqui, por favor’ em Catalão.  No aeroporto nenhum problema, a não ser pelo cara que estava no meu voo e foi preso pela polícia federal #tenso

Diferente de Guarulhos, o aeroporto de BCN tem uma linha de ônibus que sai a cada 5 ou 10 minutos para os pontos mais importantes da cidade. Eu desci no ponto final – Plaza de Catalunya. Esta foi minha primeira impressão de BCN: muitos turistas, prédios antigos muito bem preservados, pombos muitos pombos e CALOR – não digo quente, digo calor da Zâmbia. Sendo assim, como não amar?

Apesar de estar numa vibe bastante específica nessa viagem, eu me sentiria mal se não tivesse feito um pouco de turismo, nem que fosse pelas fotos. Meu primeiro passeio então foi a Casa Batlló. A quantidade de pessoas que fica somente tirando foto da fachada é muito maior que o número de pessoas que entra na casa. Mas, por 21,50 euros é possível conhecer uma casa totalmente arquitetada por Gaudí. Eu achei que valeu muito a pena pelos detalhes que remetem a animais, as divisões da casa por seus vários andares e a vista que se tem lá do terraço. Genial.

Saindo de lá, caminhei mais um pouco e cheguei ao Bairro Gótico. As igrejas, os prédios, as ruas estreitas e o ar sombrio e convidativo te fazem sentir transportado para outro tempo – isso não fossem as centenas de turistas que passam por ali. Eu tinha um mapa da cidade em mãos, mas eu gosto mesmo é de sair andando pra me familiarizar, perceber a cidade. Foi assim que fui parar nas Ramblas. Um grande calçadão cheio de árvores, artistas de rua, comércio e o famoso Mercado de La Boquería. Como todo mercado municipal, existem muitas tendas de frutas, verduras, açougues, restaurantes e doces. Comprei uma bandeja grande de blueberry, cereja e framboesa por 2 euros e saí andando pelo mercado.

Minha primeira noite em Barcelona foi uma grande surpresa. As expectativas para a vida noturna da cidade eram altíssimas, mas eu nunca esperaria que algo tão fora de moda no Brasil pudesse ser um hit na Europa: Festa da Espuma. Canhões de espuma por toda balada deixavam às vezes só as cabeças aparecendo. Que cabeças, não me perguntem.

Segundo dia em BCN decidi pegar praia. Ao invés de fio dental, pessoas nuas. Ao invés de esfiha, empada e espetinho de camarão, salada e frutas. Ao invés de quiosques, paquistaneses vendiam cerveja que carregavam numa sacola plástica. Apesar disso, percebi que BCN e Rio de Janeiro têm muita coisa em comum. Então eu estava ‘em casa’ até certo ponto. Só não sabia que o Brasil podia estar muito mais próximo. Estava eu sentado fuçando no celular quando escuto: “Eu te conheço”. E eu respondo: “Eu também te conheço”.  O mundo é muito doido. Aquele era o Caio, que também mora em São Paulo e apesar de termos alguns amigos em comum e estarmos sempre nas mesmas festas, nunca havíamos nos falado. Irônica coincidência e foi ótimo tê-lo encontrado.

Barcelona é uma cidade que agrada todos os gostos. Quando não souber pra onde ir, vá pra Barcelona. Sempre vai ter algo interessante ou novo. A cidade tem muitos museus, praias, as obras de Gaudí, bons restaurantes, bebidas baratas, balada, espetáculos, parques incríveis onde europeus fazem coisas de europeu e isso tudo sem falar nas lojas. Quando comecei andar pelas ruas principais tive um surto de Becky Bloom e quis sair comprando até torrar meu último centavo de euro. Todas as lojas legais que não temos no Brasil em liquidação de verdade. Comprei coisa até sem provar de tão barata que era. Se não servisse, algum amigo ia receber um presente.

Barcelove, porque somos íntimos, me fez bem demais. Foi uma mistura de tudo que mais gosto: teve verão, praia, gente bonita, baladas insanas (até as da espuma foram divertidas), passeios a lugares lindos, fartura de comida e bebida e novos amigos. Os quatro dias passaram voando, assim como a pessoa que roubou minha carteira rs. Mas isso não fez com que eu me divertisse menos durante a viagem. Essas coisas acontecem em todo lugar. Mas dias como aqueles, somente Barcelove pra me proporcionar.

Barcelona pode ser o Rio de Janeiro na Europa, mas confesso que o rio ainda sai na frente em um quesito muito importante: Cariocas! Hahaha

Highlights para viajantes: Parque Guell, Sagrada Família, Bairro Gótico, Ramblas, Casa Batlló, praias (Barceloneta e Mar Bella), Museu Nacional D’art de Catalunya, Museu Erótico, comer tapas e tomar umas “claras”, mirador da Plaza España, Parque de La Ciudadela.

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Reencontros em Barcelona: Jona Skinner, Fernando Pedraza e um uruguaio que lembrou de mim do Ano novo no Rio (WTF?!)

Próxima para: Budapeste! Merci por tout, Barça!